sexta-feira, 28 de agosto de 2009

Inspiração

Produtivamente ou não, está ficando cada dia melhor. O que era pra mim uma catástrofe, já não é mais. Agora todos os dias são motivos de alegria, ternura e muita, muita harmonia. Espero isso e mais um pouco de mim e da minha energia. E da energia do meu destino, do meu futuro. Torço merecidamente para um bom começo. E tenho certeza que acontecerá. Acontecerá. Sorrisos e carícias esquentam as minhas manhãs. Meus dias são contornados pela beleza de Deus e pela bondade em cada espaço frequentado. Um sol se pondo no horizonte completa a minha rota diária. Acho que eu mereço. Mas não cabe somente a mim querê-lo, e sim a Divindade Paterna. Por isso eu sempre digo - Se Deus quiser. Me guio pela vontade Dele e vivo tranquilamente. Dias bons, fluídos e positivos virão a tona. E cada vez melhores.

terça-feira, 23 de junho de 2009

sexta-feira, 8 de maio de 2009

Você é o "YOU" do meu "I LOVE"

Desculpem pessoal, invadir assim o blog da minha filha, mas é por uma boa causa. Vou reescrever a cartinha que recebi dela hoje, 08/05.
Acreditem, ela chorou! Minha filha é linda, um presente de Deus. Aliás, todas as três são especiais!

" Carta de agradecimento ao meu amor"

" Oi, minha vida! Tudo bem com você? Tomara que esteja. Há algum tempo, eu ando num tédio enorme, então me deu vontade de escrever para você.
Eu quero lhe agradecer por simplesmente existir, tá? Primeiro, que você sempre me amou de um jeito que ninguém jamais amou e amará. Você me educou maravilhosamente, sua educação e respeito para comigo me ensinaram muita coisa.
Obrigada por sempre ter sido compreensiva. Obrigada por ser esse amor e essa dedicação sempre alegrando-me.
Tenho gratidão por vc, respeito. Vc caiu do céu, mamãe! Se você fosse uma lágrima, não choraria, só para não te perder, meu anjo.
Espero estar te fazendo bem esta carta, porque é com todo meu coração.
Se você estiver chorando, divida sua lágrima ao meio, para eu poder chorar contigo. Se eu estiver sorrindo, reparto ao meio e te dou, para sorrirmos juntas.
Me sinto incompleta sem você."
Isabella

Bom, coisas de mãe....

domingo, 12 de abril de 2009

Alice havia pensando bastante antes de tomar sua decisão. Afinal, era um dia antecedente dela prestar vestibular. Pensou o dia inteiro no que prestar. Com certeza, ela já tinha um sonho: fazer MEDICINA, sim, seu grande sonho. E queria prestar em JORNALISMO também, mas preferia a medicina mesmo. Pediu opinião de suas melhores amigas, dos pais, da família, seus tios e todos seus parentes.
- Malu, no que você vai prestar?
- Em jornalismo, Alice. E você, já pensou?
- Já. Medicina.
- Ah, que bom!!! Era seu sonho, né? Aliás... É.
- Sim, Malu... Tô estudando pra esse vest há dias, faz pelo menos três semanas.
- Nossa! Quanto tempo! Tô estudando há uma semana, só. Já tô com tudo na ponta da língua. Fiquei com umas dúvidas no Relapso Ao Quadrado, mas como eu já tenho a resposta na língua, literalmente, eu já sei... Então pronto.
- Ah, é? Sério? Tô indecisa no que prestar ainda, eu disse que já tinha a opinião formada sobre isso há alguns instantes atrás, mas não... Pensando por outro lado, jornalismo é mesmo bom. Tô com tudo de jornalismo na ponta, tudo, sei tudo mesmo, Malu. Tô com umas dúvidas sobre o Abdômem em medicina, por isso acho meio difícil eu responder a essa questão, mas eu vou tentar estudar mais, e pode ter certeza que de manhã eu já vou saber no que prestar.
- Ah, Alicinha... Presta em medicina, não é seu sonho? Mas sei lá, pensa aí e amanhã me fala.
- Te falo sim, pode deixar... E ah, eu tenho que ir agora. Vou estudar mais um pouco... Beijo!
- Beijão!
E Alice desligou. Foi para o quarto muito pensativa... No quê prestar, no quê ser? O que será que ela decidirá, hein? Só depende dela...
No dia seguinte...
O despertador toca. São seis e meia da manhã em ponto, ela acorda assustada. Levanta rápida, com passos acelerados e vai em direção a cozinha. Prepara um leite com café e bebe. Volta para o quarto e se veste. Abre seu caderno e dá mais uma olhadinha. Espera dar o horário dela sair de casa. O sinal bate ás oito e meia para começar o vestibular. Senta na cama, lê e relê os textos sobre medicina. Entra no seu notebook e pesquisa: As histórias da medicina. Lê tudo sobre o assunto, desliga seu notebook e se retira num canto pra estudar mais sob uma luz meio ofuscante, uma luz amarela. Estuda, estuda e estuda. Olha para o relógio e vê que são quinze para as oito. Ela fecha todos seus cadernos com rápidez, guarda seus lápis no estojo e fecha-o. Joga tudo na sua mochila de costas e pega sua bicicleta. Abre a garagem e fecha. Sai pedalando rumo á faculdade, anciosa.
Na porta, ela grita:
- Maluuuuuuuu!
- Liceeeeeee!
E se abraçam.
- E aí, decidiu?
- Decidi. Nossa, tô nervosa, trêmula... Doidona da vida.
- E o que foi que você decidiu? - perguntou Malu, super anciosa.
- Medicina! - gritou.
- Aêêêê, que ótimo! Eu sabia que iria decidir isso, sempre foi seu grande sonho... Eu ainda me recordo de você brincando de médica comigo. - Malu solta uma gargalhada, abraçando a amiga.
- Ô, Malu... Sempre foi, sempre. E agora vai virar realidade. A GENTE PRECISA PASSAR!
- Nós VAMOS, DEVEMOS, eu tenho certeza de que vamos.
- Sério? Isso aí, Malu pensamento positivo.
- Sério! Vem aqui comigo - respondeu, puxando Alice.
Elas sentaram-se num campo lindo, repleto de flores, com um sol escaldante refletindo na grama, árvores e um grande metro quadrado, com alguns parques ao longe, um vento leve e algumas passadinhas e balançadinhas nas árvores. O céu estava azul, azul, azul... Com algumas nuvens. Apenas algumas nuvens.
- NOOOOOOSSA, MALU, QUE LINDO! Quem te falou sobre aqui?
- Descobri sozinha, fui caminhando e achei esse campo aqui. Lindo, né, amiga?
- Perfeito, um campo ótimo e totalmente adequado para meditação...
- Né? Vamos pensar positivo mais um pouquinho e meditar aqui? Vai ser melhor, só que um pouquinho só, porque está quase na hora de bater o sinal. E daqui não ouvimos.
- Ok, Malu...
As duas fecharam tranquilamente os olhos, e ficaram cerrados por um tempo. Pensaram e meditaram muito, fizeram figas...
- Alice, VAI BATER O SINAL!!!!! VAMOS CORRER!!!!
- Ai, Malu, calma... Tamo indo, quê isso, nervosismo...
As duas correram abraçadas rumo a sua sala, chegaram e ansiosas fizeram a prova.
Saíram alegres e com o mesmo pensamento: Nós venceremos, nós passaremos!
Alguns dias depois...
- Aliceeeeeeeeeeeee, aliceeeeeeee - diz Malu ao telefone - Você sabe da nova??????
- Sei!!! - respondeu, trêmula de felicidade.
- EU E VOCÊ PASSAMOS, ALICE, PASSAMOS!!!!!!
- Eu sei!!!!!!! - vibrou Alice.
- OBAAAAAAAA! - gritaram as duas.
- Eu preciso te ver, Malu - disse ela, tristonha agora.
- Eu também, Alice. Nós precisamos nos dar parabéns uma para a outra, nos abraçarmos, festejarmos... E aliás, NÓS PASSAMOS NA USP, né? USP, categoria, somos CDF's - riu Malu.
- Somos USPICIANAS!!!!!!!! - gargalhou Alice.
- Sim, Alice. Pode ser dia treze? Vou tar sem nada pra fazer, a gente podia marcar, né!?
- Isso. Dia treze tá ótimo! Ainda mais que vai estar passando Beijamin Button nos cinemas, nós podemos assistir, tal, podemos fazer tantas coisas... E QUE SAUDADE DE VOCÊ, AMIGA!
- Idem, Alice. Olha, eu tenho que desligar porque minha mãe tá com a macaca hoje, viu? Preciso ir ajudá-la... Beijão! Te amo!
- Ok - riu Alice - te amo mais, amiga. Beeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeijos!

quarta-feira, 8 de abril de 2009

O MEU PRIMEIRO AMOR

Colégio Mackenzie. 10 de fevereiro de 2007. Volta às aulas. Um oitavo ano composto por 15 garotos e 15 garotas. Tinha um número limitado. Regiane, melhor amiga de Patrícia, as duas com 13 anos de idade. Eram grudadas, unha e carne. Não se separavam um segundo se quer. Viraram as populares depois de jogarem farinha com ovo na cara do professor. Ato horroroso, sim. Mas naquela sala, tudo de horroroso significava popularidade. Responder ao professor? Sinônimo de popularidade. Falar mal o colega e sair aos tapas? Sinônimo de popularidade. E outros atos horríveis. Esses atos foram se repetindo cada vez mais, e existia uma enorme popularidade naquela sala, entre 15 garotos maléficos e 15 garotas populares. Na sala de aula, todos sentados em seus devidos lugares, a diretora chega, os alunos ficaram trêmulos e gélidos – o que se considerava quase normal, a chegada de uma diretora nova.
- Oi, bom dia. – entrou, seca – Visando que um novo aluno chega ao oitavo ano, seu nome é Matheus Bernalidi. Levante-se, para que todos o conheçam, Matheus.
Patrícia e Regiane o olharam, ainda gélidas. Matheus era alto, forte, poderíamos dizer que era magro, seus cabelos finos e repartidos ao lado, seus olhos caramelo acinzentado. Sua boca parecia gélida, pois era um tanto roxa. Sua pele aparentemente era pálida. Tinha uma beleza inexplicável, incomparável. Regiane se virou, parecendo não se importar com Matheus. Patrícia o encarava, coração na boca, fria, trêmula. Seus olhares se encontraram. Enquanto ela fingia olhar aos cantos, ele correu com os olhos em direção ao lindo rosto dela, disfarçando. Patrícia estava apaixonada. Matheus estava apaixonado. Patrícia finalmente se virou e, Matheus, sem saber o que fazer, se sentou em uma das carteiras.
A diretora já havia saído da sala há alguns instantes, avisando não botarem apelidos em ninguém, novamente. A testa franzida de Regiane, já se empenhara para perguntar a Patrícia:
- O que achou dele?
- Ah, nada, nada. Feio – respondeu mentirosa, correndo com os olhos em direção a lousa.
- Feio? Esse garoto é lindo, mas não faz o meu tipo.
- É... – respondia, seus olhos fixados nas folhas pálidas do caderno.
A porta rangeu. Matheus saíra da sala para avistar seu pai indo embora.
Patrícia olhava-o, infinitamente feliz.
Matheus voltou à sala. O novo professor havia chegado. Ele logo cumprimentou seus alunos, e sentou-se. O novo professor era baixinho, velhinho e falava totalmente baixo. Usava roupas largas e pretas com toques de vermelho. Era barbudo, seus olhos eram negros, seu cabelo desfiado e pequeno e trazia a calma em seu semblante.
- Bom dia, meu nome é Ricardo. Sou o novo professor de Biologia. – sua voz atropelou os pensamentos de Patrícia. Ela então, educada, respondeu:
- Bom dia, Ricardo.
Regiane parecia desenhar em suas folhas de caderno, olhava em volta da sala, mascava seu chiclete azul e balançava sua carteira. De rabiscos, foi surgindo uma linda face, a de Matheus. Patrícia pareceu ciumenta, e perguntou:
- Por que você está desenhando o Matheus?
- Porque ele é lindo.
- Mas ele não faz o seu tipo, certo?
- É. Mas e daí se eu gostei do rosto dele? É diferente.
Regiane era inteligente, só não usava sua cabeça nos estudos. Regiane filosofava, escrevia textos. Seu problema era a preguiça e Patrícia odiava isso nela.
- Regiane, agora não, por favor.
- Patrícia... Por favor digo eu.
Então ela se sentou ao lado do professor, conversando com ele, mas olhando profundamente nos lindos olhos caramelos acinzentados de Matheus.
- Um minuto da sua atenção. – dizia Ricardo, baixinho. – Eu quero, agora, duplas formadas para marcarmos uma pesquisa.
O burburinho da sala aumentava, as duplas se formavam e Matheus olhava em volta, tímido. Patrícia percebeu sua timidez. Então, com passos rápidos, convidou Matheus para sentar com ela. Ele, lindo, olhou para ela e concordou com a cabeça.
A dupla apaixonada estava formada. Patrícia parava o tempo, congelava tudo ao seu redor, e a voz do professor simplesmente ecoava em seus ouvidos, enquanto seus olhos estavam fixados no belo rosto de Matheus.
- Ei... Você certamente já sabe o meu nome, mas não sei o seu. Qual é? – perguntou Matheus, tímido.
- Patrícia. – ela estava nervosa.
- Belo nome. Prazer! – um sorriso dominava seu rosto branco.
- O prazer é meu.
Os dois ouviam Ricardo com toda atenção, marcaram a data e continuaram a conversar.
- Você é daqui mesmo, Matheus?
- Não, não – ria ele – sou de Forks.
- Nossa! E por que viajou para tão distante assim? Ouvi dizer que em Forks só chove. E aqui no Brasil é super quente... A mudança deve ser grande – pensava Patrícia.
- Certamente? É. A mudança é grande sim, demorei a me adaptar. E você, é daqui mesmo?
- Sou. Nasci no Rio, minhas raízes são brasileiras, fortes. Você tinha muitos amigos em Forks? – perguntava ela, pegando uma caneta e um bloquinho.
- É? Que ótimo. Tinha. Tive que mudar, por causa de guerras e tiroteios que tinham no meu bairro. E em Forks inteira. O idioma de lá é bem diferente do daqui, outro item que foi difícil adaptar-me.
- Nossa! Isso é muito ruim. Seu cotidiano deveria ser triste...
- E era! Muito mesmo. Você nasceu em que parte do Rio, Patrícia? – seus olhos tentavam não cruzar com os belos azuis dela.
- Matheus... Você tem vergonha de mim?
- Eu? – seus olhos se afastavam, sua voz estava ecoando e sua boca parecia mais arroxeada. – Não, não.

MEU PRIMEIRO AMOR (CAPÍTULO 2)

- Você tem certeza? - perguntava ela, nervosa novamente.
- Olha, como eu não quero mentir pra você... Sim, eu tenho um pouco de vergonha de você e do resto da classe. - ele ria baixinho.
- Ah... Devo confessar que eu também fiquei meio vermelha com você - ela tapava a boca, esquecendo-se de seu amor secreto. Ele correu com os olhos em direção a Regiane. Riu baixinho. Regiane se virou e olhou para os dois, irritada:
- Quem riu? Hein, me diz? - sua testa franziu.
- Fui eu... Não vejo problema.
Antes mesmo de Regiane responder, Ricardo fuzilou Matheus e Regiane com os olhos. Ricardo tomou uma atitude horrorosa (para Patrícia). Ele separou Patrícia de Matheus, o que seria o fim do mundo. Patrícia encheu seus olhos d'água. E se retirou da sala. Correu para o banheiro, assou o nariz e ficou olhando para si mesma no espelho: "Como pude me apaixonar tão rápido por um alguém nunca visto por mim, como?" E se olhava, e se olhava, e se olhava... Lavou o rosto e voltou para a sala. A porta rangia simbolizando um enorme barulho. Todos a olharam. Patrícia não sabia onde se enfiar... Ah, se nessas horas a gente tivesse um poder invisível! Continuou dando passos pesados e lentos. Sentou-se. Mais meia hora de aula ainda estava pela frente, ou seja, sinônimo de cansaço (para ela). Fez tudo o que tinha que fazer. Seu pé batia no chão com uma rapidez suficiente para que Matheus a olhasse. O sinal para o intervalo finalmente bate. Matheus ficou sozinho na sala, andando devagar. Patrícia, percebendo que ele não estava, voltou alguns passos atrás e ficou esperando-o. Quando ele saiu da sala, ela logo veio conversando:
- Oi, Matheus. Vai comer aonde?
- Não sei ainda. E cadê aquela sua amiga, a Regiane? - seus olhos pareciam se desviar dos olhos dela.
- Não sei. Por que?
- Ah, porque eu queria ver onde ela vai comer...
- No que isso vai te ajudar? Em nada, tu vai lanchar comigo - disse ela, puxando o braço de Matheus. Depois, se virou, rindo - Brincadeira. Ele ficou assustado e desceu as escadas, Patrícia foi atrás. Matheus estava indo em direção a cantina. Patrícia sentou-se ao lado de Regiane numa mesa nos fundos.
- Oi, Pati. Onde você estava? - dizia ela, mordiscando seu canudinho de Pepsi.
- Conversando com o Matheus - riu.
- O quê?
- Sobre você, ele perguntou onde você lancharia... Eu respondi que não sabia e ele desceu aí. Regiane riu e olhou para Patrícia. Voltando a sala, prestaram atenção em tudo até bater o sinal. Patrícia foi embora e Regiane também. Vários dias se passaram assim. Nesses vários dias, Matheus não foi uma única vez. Patrícia estava desesperada demais, até que ligou para Regiane, numa tarde de quarta-feira:
- Oi, Regiane. Você sabe do Matheus?
- Do Matheus? Sei de nada!
- Tô super preocupada com ele, não dá as caras faz uma semana e pouco!
- Por que você não liga ao colégio e pede o telefone da casa dele, o celular, não sei?
- Obrigada, Rê. Vou fazer exatamente isso.
- De nada, beijinho.
- Beijo. - respondeu Patrícia, desligando o telefone. Ela ligou ao colégio e conseguiu o número. Quem atende? A mãe dele.

MEU PRIMEIRO AMOR (CAPÍTULO 3)

Patrícia tinha paralisado.
- Boa tarde, com quem eu falo?
- Oi, oi. É a Patrícia, amiga do Matheus. Qual é seu nome? - perguntou Patrícia, meio gaguejando...
- Oi Patrícia. Prazer! Sou Sueli.
- O prazer é meu... Tia Sueli, eu queria saber por quê o Matheus não foi a escola todos esses dias. Ah, bem... Os professores falaram para eu ligar pra você e perguntar.
- Ele está internado com pneumonia, faz duas semanas e pouquinho, nem lembro. Ele está mal e quase nem parou em casa.
Um segundo de silêncio. O coração de Patrícia acelerou ao máximo, seus olhos estavam encharcados. Por um segundo pensou em desligar o telefone, mas perseguiu firme. Sua pele já estava pálida. E logo respondeu:
- Internado? Meu Deus, preciso visitar ele... Onde fica? - perguntou, ainda trêmula.
- Na rua José Carbonato, hospital São Camilo, 450. Quarto 81. Pode visitar qualquer hora.
- Ah, ok! Obrigada. Grande beijo! Talvez nos veremos no hospital...
- Até! - Sueli desligou.
Patrícia ia pegando um táxi, mas esqueceu de um grande pequeno detalhe: Regiane. Ela precisava avisá-la, então, pegou finalmente um táxi e se dirigiu a casa de Regiane. Ambas já estavam juntas dentro do táxi. E foram até o hospital. Patrícia estava ansiosa e não via a hora de abraçar seu amor. Regiane estava preocupada com Matheus... E só.
Entraram no hospital e a recepcionista as atendeu muito bem. Em questão de minutos, já estavam caminhando rumo ao quarto 81, onde Matheus estava.
Avistaram... Patrícia estava novamente ansiosa, e, com uma enorme vontade de abraçá-lo.
Bateram na porta. A enfermeira atendeu. Patrícia olhou para Matheus com um olhar brilhante, infinitamente feliz e ansiosa.
- Matheus... Que saudades! - dizia Patrícia, enroscando seus braços nas costas de Matheus.
Os dois ficaram ali por um bom tempo, abraçadinhos. Como era bom abraçá-lo!
Regiane deu um rápido abraço e desejou melhoras.
Matheus ia contando que várias pessoas do colégio já tinham visitado-o. Patrícia ficou pasma:
- Então quer dizer que eu fui a última a ficar sabendo? - com a mão na cintura, perguntava, brincalhona.
- Errrr... Foi. - respondeu, rindo.
"Que sorriso mais lindo!", pensava Patrícia.
- Como vocês estão?
- Tô ótima, Matheus, graças a Deus - respondeu Regiane.
- Tô bem também... Deixa eu lhe fazer uma pergunta?
- Faça, Pati.
- Como é que você ficou assim, doente?
- Bom, eu não costumo usar agasalhos. Um dia desses, fui até a padaria comprar algo que não me lembro. Na volta, peguei uma chuva forte. Eu estava de bermudas e uma camiseta leve, acabei então adoecendo.
- Poxa... Como é que um ser humano não usa agasalho, hein, Pati? - Regiane se alterou, rindo.
- Matheus! Que decepção, né? Não sei, Rê... Você é varrido, Matheus - suas bochechas se avermelhavam.
Ficaram lá, as duas, conversando com ele até tarde da noite, para Patrícia, aquele foi o melhor dia de sua vida...
- Bom, Math... Tô meio atrasada pra chegar em casa, minha mãe deve estar preocupada. Vamos, Pati?
- É, estamos atrasadas mesmo. Vamos, vamos. Matheus, quando você volta para o colégio?
- Sexta-feira, ou seja, depois de amanhã. Não melhorei totalmente, você pode notar, não é? Só levarei alta, se Deus quiser, sexta.
- Claro que Ele vai querer. Uma boa noite - responderam em coro, fechando a porta.
Voltaram para suas casas e logo adormeceram... Estavam loucas para que esses dois dias passassem logo.

MEU PRIMEIRO AMOR (CAPÍTULO 4)

Quinta-feira foi um dia tenso. Sem nada a fazer, Regiane e Patrícia estavam muito, muito entediadas. Estudavam, estudavam... E a única coisa que elas faziam era estudar. A aula se passou devagar... Patrícia não tinha raciocinado muito, não tinha prestado atenção na aula, só pensava em Matheus, em Matheus e fim! Regiane, até que enfim, prestou atenção na aula, e na casa de Patrícia após a aula, explicou o que foi passado. Ficaram o dia inteiro juntas. Se separaram a noite, porque era obrigatório.
Patrícia realmente não iria dormir nessa noite de quinta-feira. Só pensava no dia seguinte, em se reencontrar com sua primeira paixão, Matheus...
Pensou direito e chegou a conclusão que teria que estar animada no dia seguinte, para aproveitar. Tratou de ir logo para a cama. Adormeceu. Ambas pensavam no dia seguinte...
O despertador toca. Patrícia pula da cama em um só pulo, e vai em direção a cozinha, assobiando. Pega seu chá e bebe. Vai se arrumar e escovar os dentes. Se penteia, se maqueia... Típico. Pegou sua bolsa e ficou esperando na sala sua pirua escolar passar. Chegou. Patrícia correu até a van. Música no ouvido e Matheus na cabeça. Ela adorava ouvir seu iPod pela manhã.
Chegou, e em passos rápidos, já estava dentro da sala. Regiane estava sentada no pátio, conversando com Matheus, que já havia chegado. Saiu da sala, tirou seu fone do ouvido e simplesmente soltou um berro e correu em direção de Matheus. Ele ria com Regiane. Patrícia chegou e o abraçou com toda alegria do mundo. Ambos só haviam pensado um no outro... Que momento! Regiane ficou sem graça, e se retirou:
- Não gosto de segurar vela - riu.
Os dois soltaram uma gargalhada. Regiane foi buscar uma Coca na cantina, enquanto eles seguravam um na mão do outro, olhos grudados, bocas falantes... Conversaram até bater o sinal de começar a aula. A primeira aula era com Flávia Romeno, a professora de química. Patrícia não gostava daquela professora. Além de ser mandona, queria que todos fossem iguais a ela. Comentou isso com Matheus. O lindo concordou. Sentou-se. Para Patrícia, qualquer coisa ruim naquele dia, se tornaria boa, porque Matheus estava ao seu lado, junto dela. Patrícia tinha certeza de que estava vivendo seu primeiro amor.
A aula que ela odiava, pareceu passar rápido, com tudo dando bem! O sinal para o intervalo bateu. Regiane, Patrícia e Matheus foram comprar um lanche na cantina, conversaram sobre música:
- Patrícia, eu vi você entrando com um iPod hoje... Você gosta de música?
Patrícia riu:
- A Rê responde por mim!
- Bom, Matheus... Ela é viciada em música. AMA Racionais, AMA Marcelo D2, ama qualquer tipo de música nacional e internacional. Tem vários instrumentos em casa, vários iPods... Viciadona mesmo!
Ele se assustou, e respondeu:
- Sou exatamente igual! - ele olhou para Patrícia, tímido.
Ela o abraçou e riu...
Voltaram para sala... Finalmente a aula acabou. Matheus se despediu de Patrícia e Regiane. Todos haviam ido embora. Tinha um pequeno problema: era sexta-feira, e Patrícia só o viria segunda! E agora? Aguarde...